Resumos - Palco Virtual Apresentações - 31/05
- Impérios e Lugares no Brasil
- 2 de abr. de 2022
- 4 min de leitura
Atualizado: 27 de mai. de 2022
Cenário e Elenco: Resende no Vale do Café.
Gabriela Adler Lopes - mestranda PPGHIS/UFOP A presente pesquisa objetiva analisar uma dentre as múltiplas expressões do movimento abolicionista, neste caso, um movimento expresso na imprensa. Uma ligação vem sendo construída entre o significado desse posicionamento abolicionista e a ideologia paternalista incrustada nas linhas e entrelinhas dos periódicos. A pesquisa está sendo realizada a partir da análise dos jornais Astro Rezendense, O Rezendense e o Itatiaya, entre os anos de 1868 e 1888. Observamos a atuação da imprensa local como um espelho, refletindo e difundindo as ideias circulantes no seio social, atuando de modo a compor novos valores para a sociedade em transformação e influenciando não somente as elites intelectuais, como também a população de um modo geral. A problemática norteadora é: quais interesses estão articulados e por que a elite local de uma região em que o café e o regime escravocrata foram tão importantes, viria fazer parte de uma corrente abolicionista no final do século XIX? Este trabalho traz como escopo, a apresentação e contextualização do recorte espacial, ou seja, visa-se delimitar a construção e importância do município de Resende no Vale do Paraíba Fluminense do século XIX. Percorre-se os olhos sobre a formação socioeconômica local sem perder de vista a delimitação da pesquisa que se restringirá ao final do século XIX, especificamente um olhar aguçado para tensões que dizem respeito à questão do elemento servil, ocorridas entre os anos de 1868 e 1888. Desse modo, ao final deste artigo será aberta a temática abolicionista em âmbito local, que se expressou através da imprensa, no entanto, o conceito de abolicionismo será melhor investigado no decorrer da pesquisa que se encontra em andamento.
Palavras-chave: Abolicionismo; Imprensa; Vale do Paraíba Fluminense.
A Vila de Cachoeira e Seu Termo: Produção e Comércio (1750-1808)
Gabriel Silva de Jesus - doutorando PPGHIS/UFOP A presente comunicação busca evidenciar a produção e o comércio na Vila de Cachoeira e seu termo, território do Recôncavo baiano, entre os anos de 1750-1808, considerando-a como parte integrante do império ultramarino português, cujas estruturas e dinâmicas se assentaram no antigo sistema colonial. Dessa forma, a proposta é demonstrar o complexo econômico presente nesse espaço colonial, que além da tradicional produção de fumo, revelou outras capacidades produtivas, manifestadas no cultivo e fabrico da cana, alimentos, criação de gado e uma intensa atividade comercial evidenciando sua movimentada riqueza. Cabe ainda acrescentar, que esse estudo procura também responder à necessidade de ampliar os estudos dos pequenos e médios produtores da Bahia colonial, do ponto de vista empírico. A documentação utilizada são os testamentos e os inventários post mortem localizados no Arquivo Publico do Estado da Bahia (APEB).
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Os beneméritos de Santa Efigênia: o caso dos pardos na sociabilidade religiosa africana de Vila Rica, 1733-1832
Andressa Antunes - doutoranda PPGHIS/UFOP Esta comunicação trata da discussão e da conclusão desenvolvida na pesquisa de mestrado intitulada Os beneméritos de Santa Efigênia: pardos no Rosário dos Pretos do Alto da Cruz de Vila Rica (1733-1832). Partindo da constituição da irmandade enquanto um ambiente de congregação de diferentes procedências africanas, percebemos que, ao longo do século XVIII, o Rosário do Alto da Cruz se tornou espaço de formação de identidades e de disputas representativas da comunidade acometida pelo cativeiro. Santa Efigênia, no interior desta confraria, ganhou notoriedade entre as demais devoções, tornando-se um dos principais emblemas da irmandade (âmbito da representação pública), já nas décadas finais do século XVIII. Destacamos a participação dos pardos e pardas no processo de engrandecimento desta devoção: tensionando as prerrogativas religiosas, esses sujeitos escolheram se abrigar sob a representação de uma santa africana, nos momentos festivos. O caso da evolução do culto dedicado à Efigênia no Alto da Cruz evidencia a manipulação dos processos de liberdade e de reconhecimento público, que eram possíveis sobretudo nos contextos urbanos, por parte de africanos e afrodescendentes.
Palavras-chave: Escravismo; Religiosidade; Sociabilidade.
Irmãos de Fé e Política: as associações religiosas leigas no processo de independência na capitania/província das Minas. (1808-1852)
Felipe José Flausino Santiago - mestrando PPGHIS/UFOP Nas últimas décadas as associações religiosas leigas se tornaram objeto de inúmeras pesquisas historiográficas. Relevante e inquestionável foi o papel constitutivo que essas associações admitiram, influenciando nas relações sociais de diversos espaços da colônia. No caso específico da Capitania de Minas, variados são os trabalhos que se dedicaram ao tema, mas podemos destacar que ainda torna-se necessário investigar sobre o papel político que determinadas associações admitiram durante o século XIX. Neste sentido, essa breve comunicação pretende apontar quais foram às ações de relevância das associações religiosas leigas, no processo de independência que se articulou na região das Minas. Centrando-nos especificamente nas Ordens Terceiras, pretendemos, a partir das listas nominativas de irmanados, exemplificar atividades e posturas que determinados agentes desenvolveram no decurso da (re) construção das relações de poder que se estruturavam. Pretendemos, portanto, demonstrar que as associações religiosas permaneceram ativas durante o transcorrer da emancipação política, e que, durante a formação do Império, as agremiações leigas continuaram sendo espaços de distinção e representação social para seus integrantes.
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Registros Paroquiais de Terra da Paróquia de São João Batista (1855-1857): Fonte, região e métodos
Rhayane Cristine dos Santos - mestranda PPGHIS/UFOP Este trabalho tem por objetivo apresentar os Registros Paroquiais de Terra como fonte para a pesquisa histórica. Utiliza-se do método interpretativo de Rafael Lagardia (2011) para direcionar e apontar as principais características metodológicas que pode ser aplicado para diferentes regiões; desde que se utilize a principal fonte; os Registros Paroquiais de Terra. A metodologia adotada envolve a análise quantitativa e qualitativa. Faz-se o tratamento da fonte compreendendo-a no seu espaço geográfico, histórico e social. Entre os resultados podemos verificar os principais picos de produção dos registros, ou seja, aqueles meses do ano no qual se registrou a propriedade. Tem-se nessa Paróquia de São João Batista, 504 declarações, que possibilitam compreender a estrutura fundiária, como também os principais proprietários de terra e distribuição espacial. O número de declarações e declarantes proprietários é alto para uma região com poucos recursos e distante dos centros econômicos. Contudo, o fato de o sustento do grupo familiar ser retirado da terra, tornava-a importante para essa população. Portanto, os RPTs são uma importante fonte histórica para compreendermos a história das Minas Gerais e do Vale do Jequitinhonha
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