Resumos - Palco Virtual de Apresentações - 02/06
- Impérios e Lugares no Brasil
- 2 de abr. de 2022
- 3 min de leitura
Atualizado: 27 de mai. de 2022
O plano diretor da cidade de Ilhéus (Bahia - 1933)
Iuri Dantas da Silva Andrade - mestre PPGHIS/UFOP
Esta comunicação apresentará a configuração morfológica das zonas suburbanas da cidade de Ilhéus no início do século XX, considerando as ocupações e as significações do espaço realizadas pelos moradores dessas áreas. O foco recairá sobre os bairros nos morros da cidade, o Outeiro de São Sebastião, Vitória e Conquista. Objetiva-se compreender em que momento as antigas áreas próximas ao núcleo urbano de Ilhéus começaram a ser ocupadas, quais foram os mecanismos sociais que possibilitaram a ocupação desses terrenos e como as novas tessituras foram se moldando aos aspectos topográficos, considerando, ainda, a cultura urbana de matriz lusa presente desde o período colonial. Como impulsionadores desse processo considera-se a expansão econômica capitaneada pelo cacau, a abolição e o avanço demográfico como seus principais fatores. A consolidação econômica e o impacto demográfico, demandarão das municipalidades uma atuação no espaço urbano, sendo o plano diretor elaborado em 1933, o fomentador de ideia de cidade que se queria projetar. Os resultados desta pesquisa serão apresentados em conjunto de mapas conjecturais de diferentes momentos da evolução da zona suburbana da cidade e na análise do plano diretor de 1933.
Palavras–chave: Morfologia urbana; História urbana; Plano diretor.
Ações de liberdade de escravizados em Diamantina (1850-1888)
Thierry de Pinho Queiroz - mestrando PPGHIS/UFOP
A comunicação aqui proposta busca compreender quais as formas de acesso à justiça e à liberdade utilizadas por escravizados em Diamantina durante a segunda metade do período imperial. Há a busca em compreender quais eram as justificativas apresentadas pelos cativos ao acessarem o aparelho jurídico a fim de se livrarem do cativeiro. Para tal, foi realizada revisão bibliográfica da história social da escravidão consolidada após 1980 e que trata, entre outros temas, sobre as formas de agência de escravos. Conjuntamente com o levantamento bibliográfico, foram arroladas fontes primárias que documentaram a busca por liberdade movida por cativos. De pronto é possível afirmar que os escravizados faziam usos de diferentes justificativas e se valiam de pessoas que tinham a possibilidade de representá-los junto a Justiça. Deste modo, as ações expõem, alem da eventual conquista da liberdade, uma rede de relações que poderia fazer a liberdade acontecer. Por se tratar de uma pesquisa em andamento, as discussões traçadas ainda estão em construção.
Palavras-chave: Escravidão, Justiça, Liberdade.
As representações de imagens do índio brasileiro nas HQs de Maurício de Sousa através do Papa-Capim
Peter Danilo de Castro Ferreira - mestrando PPGHIS/UFOP
Objetiva-se neste artigo analisar as representações sobre os índios que circularam nos HQs nacionais nos anos 2000. Buscar-se-á mostrar como fisionomia, modos de vestir-se, relações entre si e com o meio em que vivem são retratados. Sendo também problematizado alguns acontecimentos nos universos fictícios dos HQs aparentemente inocentes, que se analisados em suas minucias será possível observar que além de sua intencionalidade lúdica, carregam também uma enorme carga de estereótipos em relação aos povos indígenas. Esta pesquisa se embasa teoricamente nos estudos sobre a imagem de Eduardo França Paiva (2009) e Jacques Rancière (2012), a narrativa dos quadrinhos de Moacy Cirne (1975), sobre a construção do livro nos escritos de Roger Chartier (1998) e sobre o uso dos periódicos como fontes, abordado por Tania Regina de Luca (2005).
Palavra-chave: História; Imagem; Índio.
Morfologia Urbana e dimensão material e social da Vila e cidade de Ilhéus no século XIX
Ruana Alencar Oliveira - doutoranda UNICAMP/egressa ILB
Este trabalho buscou identificar, mapear e analisar as configurações das paisagens urbanas da vila e cidade de Ilhéus ao longo do século XIX. Considera-se que as soluções relacionadas aos usos e funções do território são estabelecidas pelo meio das relações sociais que orientaram a modelagem da paisagem. Sendo assim, procuramos conhecer a tessitura urbana e as expressões arquitetônicas através dos modos de vida das sociedades que as modelaram visando reconstruir de forma conjectural o desenho urbano da vila de Ilhéus, assim como analisar seus significados no contexto das sociedades que as produziram e as vivenciaram. Essa tarefa foi desenvolvida através da análise de documentos diretos, ou seja, as paisagens, construções ou outras marcas físicas que se preservaram no sítio estudado, e dos indiretos que são os registros documentais textuais e iconográficos relacionados ao objeto. Além disso, o trabalho de campo foi conjugado com as técnicas de georreferenciamento que permitem a vetorização de informações textuais e cartográficas das fontes do passado em bases atuais em busca de ampliar os horizontes da pesquisa, isto é, espacializar os dados estudados para encontrar novos pontos de investigação.
Palavras-chave: Vila de Ilhéus; paisagem; georreferenciamento.

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